domingo, 18 de maio de 2014

Espanha na Grande Guerra

España en la Gran Guerra
Espías, diplomáticos y traficantes


Trata-se de uma publicação do Círculo de Leitores (Espanha) em colaboração com a Editora Galaxia Gutenberg, 2014, de Fernando García Sanz, investigador cientifico do CSIC, com estudos publicados na área das relações internacionais e política externa de Espanha.


O seu trabalho reflecte uma opinião que luta contra o mito de que a Espanha foi neutra no conflito. Ao contrário demonstra a sua importância na guerra económica desde Agosto de 1914, que converteu o espaço nacional num um espaço de luta diplomática, com consequências políticas e económicas.

Desde a questão de facilidades e intercepções de comunicações, tanto alemãs como aliadas, o destino da sua produção industrial, a utilização das redes de transporte terrestres e marítimas, assim como a luta submarina que se deu nas suas costas e águas territoriais, demonstram a sua tese.

Também não pode deixar de ser evidenciada a luta propagandistas nos meios de comunicação escrita e a actividade de centenas de espiões com acções de espionagem e contra-espionagem.

 É uma abordagem que defende que apesar de não existir uma frente bélica activa existiu uma "home-front" determinante para a evolução da Grande Guerra e de Espanha.


Fernando García Sanz

domingo, 9 de março de 2014

Navegação Submarina Durante a Grande Guerra de 1914-1918

Emergências da Navegação Submarina: Perspectivas do Emprego do Submarino na Guerra Naval 


Trata-se de uma publicação rara, editada pelo Contra-almirante Joaquim de Almeida Henriques em 1940. Apresenta um conjunto de análises e considerações técnicas relativas ao emprego da arma submarina e sobre a eficiência da mesma, durante a Grande Guerra e durante o período 1919-1938 (entre guerras).



Representa a primeira abordagem sistemática sobre questões relacionadas com a máquina submarina, as suas guarnições, incidentes e meios de salvamento, escrita em português. Tem ainda o mérito de apresentar referências à 1ª Esquadrilha de Submarinos (submersíveis) portuguesa, que o comandante tão bem conhecia. 

O Contra-almirante Joaquim de Almeida Henriques iniciou a sua carreira na Marinha de Guerra, com a entrada na Escola Naval em 1893. Em 1907, já com o posto de 2º Tenente frequentou o curso de Oficial Torpedeiro na Escola de Torpedos e electricidade de Vale do Zebro e, no final desse ano partiu para a Divisão Naval do Atlântico Sul, onde foi prestar serviço a bordo do cruzador Adamastor. Em 1908 foi promovido a 1º Tenente.  

A sua ligação à arma submarina começou logo com a ida a Itália, onde participa nas provas de mar do primeiro submersível. A 15 de Abril de 1913 recebeu, em sessão solene, o então primeiro submarino português, o NRP Espadarte, tendo sido o seu primeiro comandante e tido como primeira missão transporta-lo de La Spezia para Portugal. 

Na revolução de 14 de Maio de 1915, em que opôs de um lado a Marinha de Guerra e do outro o Governo de Pimenta de Castro, o 1º Tenente Joaquim de Almeida Henriques recebeu ordem do Governo para torpedear os navios revoltosos, ordem que não cumpriu, consciente que não queria baptizar a arma submarina com um ataque sobre os seus camaradas.

Em Outubro de 1917  chegaram a Portugal outros três submarinos encomendados a Itália, também de La Spezia, o NRP Foca, o NRP Golfinho e o NRP Hidra. Fez parte da missão de transporte dos submarinos, mais o NRP Patrão Lopes, da Itália até Portugal. Chegado a Portugal, a 29 de Outubro de 1917 fpi promovido a Capitão-tenente, assumido o comando do NRP Golfinho e da 1ª Esquadra de Submarinos de Portugal.

Em 1918 ficou concluída a Estação de Submersíveis do Bom Sucesso, na doca de Belém, cujo projecto fora concebido por uma comissão composta por três oficiais da Marinha, entre os quais se encontrava o Capitão-tenente Almeida Henriques. Também partiu deste oficial a elaboração do regulamento da esquadrilha de submersíveis.

Em 1937 foi promovido a Contra-almirante e passou à reserva em 1938. 


sábado, 8 de fevereiro de 2014

Histórias de Submarinos Alemães na Grande Guerra

“La Terreur des Mers: Mes Aventures en Sous-Marin 1914-1918” de Max Valentiner, e “Raiders os the Deep” de Lowell Thomas.


“La Terreur des Mers" 

O livro foi traduzido do alemão em 1931, por P. Teillac, Capitão-de-Fragata, à data na reserva. O autor, Max Valentiner, escreve as sua memórias enquanto comandante de submarinos (submersíveis). A informação que nos disponibiliza, tirando as emoções normais de uma autobiografia, é de uma extrema relevância para a história militar e naval portuguesa durante a Grande Guerra.

A sua actividade junto ao Estreito de Gibraltar, o que implica uma interacção directa com a zona naval do Algarve e a sua arrojada missão sobre os Açores e Madeira, que implicou o afundamento de três navios na Baía do Funchal com o seu U-38.




"Raiders of the Deep"

O livro apresenta um vasto conjunto de histórias que o autor, Lowell Thomas Jr., foi juntando de relatos que homens de antigas guarnições de submarinos lhe contaram. Neste seu livro teve o cuidado de não fazer julgamentos sobre os acontecimentos narrados, mas simplesmente reproduzir essas histórias como aventuras.

Em particular é interessante conhecer o relato de Lothar von Arnauld de La Priére, comandante do U-139, quando descreve o seu “last big fight”, o qual foi contra os portugueses do caça-minas "NRP Augusto Castilho", comandado pelo 1º Tenente José Botelho de Carvalho Araújo.

 Von Arnauld afirma que “those Portuguese fought like devils”.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Defesa do porto de Lisboa

Anais do Clube Militar Naval

No seu número 1 de Janeiro de 1916 a revista apresenta a intervenção do 1º Tenente Carlos de Sousa Leal, intitulada "Considerações gerais sobre a defesa do porto de Lisboa". A conferência teve lugar no Clube Militar Naval, em 25 de Janeiro do 1916.

É extensa, com 21 páginas, onde são abordadas questões como a necessidade de meios de defesa na frente de terra, aquisição de artilharia de grande calibre, pontos a serem defendidos a norte e sul da barra do Tejo, a utilização de torpedos, a falta de pessoal e a aquisição de submarinos.

É muito interessante a abordagem e é um texto que marca a preocupação da Marinha no delinear da defesa de Lisboa.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Memórias de um Ministro de Alfonso XIII

Memorias de un ministro de Alfonso XIII: Niceto Alcalá-Zamora (1877-1930)

 
Publicado por Jorge Fernández-Coppel Larrinaga, autor de vários artigos sobre Niceto Alcalá-Zamora, é um académico correspondente da Real Academia de História de Espanha.


Com o subtítulo de “los diarios robados del presidente de la segunda república”, os quais terão sido escritos por volta de Dezembro de 1923, recordam o trabalho de Alcalá-Zamora enquanto ministro de Alfonso XIII e total oposição à ditadura de Primo de Rivera e ao Rei que a apoiava.


Madeira e Aço

O Ressurgimento da Armada Espanhola


De Madera y Acero: el resurgir de la Armada Española foi publicado por Carlos Canales Torres e Miguel Del Rey Vicente.


Carlos Canales Vicente é Advogado, escritor e membro da Associação Napoleónica Espanhola e antigo director da revista “Ristre Napoleónico”. Miguel Del Rey Torres é escritor e também foi director da revista “Ristre Napoleónico”. É um especialista em história militar. Juntos integram o projecto norte-americano de história Edge & Cleaver.

Faz uma antologia da história naval desde o século XIX em Espanha até à proclamação da II República em 1931.


É interessante a referência à passagem da armada espanhola pelo arquipélago de Cabo Verde em Abril de 1898, quando tomou o rumo para Cuba.


Os Submarinos Espanhóis

Isaac Peral: Historia de una Frustación

Engenheiro Naval Isaac Peral






Publicado por Agustín Ramón Rodrígues González, Doutor em História, professor no Instituto da Universidade de San  Pablo e um reconhecido especialista da naval de Espanha, apresenta uma documentada biografia do engenheiro naval Isaac Peral e do seu grande projecto de construção de submarinos em Espanha.