sábado, 1 de dezembro de 2012

Tubarões de Aço


Tiburones de acero. La guerra submarina en el levante español (1914-1918).por Rio Pellon, José Angel Del; Perez Adan, Luis Miguel

Durante a Grande Guerra as costas do levante mediterrânico espanhol foram cenário de uma história muito desconhecida: a actividade dos submarinos alemães, que operavam desde refúgios secretos e que atacavam o trafego marítimo aliado ou neutro naquela zona do Mar Mediterrâneo.

As autoridades da Marinha espanhola consentiram, ou pelo menos olhavam para outro lado quando os submarinos alemães se reabasteciam nos portos espanhóis, principalmente no porto de Cartagena.


O numero de afundamentos nas costas mediterrâneicas espanholas tiveram tamanha repercussão que chegou a provocar grandes dificuldades diplomáticas a Alfonso XIII e mesmo a por em causa o estatuto de neutralidade que a Espanha manteve durante o conflito. 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A Primeira Guerra Mundial no Estreito de Gibraltar


Doutorada em história contemporânea, Caronina García Sanz é professora na Universidade de Sevilha no Departamento de História Contemporânea.
Neste seu livro, La Primera Guerra Mundial en el estrecho de Gibraltar : economía, política y relaciones internacionales, (Abril 2012) apresenta o resultado de um longo período de investigação sobre esta matéria. Existe ainda um outro seu trabalho, em forma de paper, designado Gibraltar 1914-1918: guerra y comercio aliado en el Mediterráneo, que pode ser obtido através de download no site da Universidade de Sevilha.
São dois trabalhos interligados e que dão um verdadeiro realce ao papel que a Base Naval de Gibraltar teve durante a Grande Guerra e a respectiva interação com a neutralidade de Espanha.
Uma vez perdida a Batalha de Galipoli, a Entente centrou todos os esforços na segurança da entrada atlântica do Mar Mediterrânea. Aqui se centraram as lutas para manter abertas e as rotas comerciais e as comunicações navais, tornando-se a chave para obtenção da supremacia naval aliada.

Este livro em conjunto com outros dois foram as minhas últimas aquisições sobre a história de Espanha durante a Grande Guerra. Os outros dois livros foram:
  • Estudios sobre el Reinado de Alfonso XIII, de Carlos Seco Serrano, 1998;
  •  En El Barranco del Lobo, Las Guerras de Marruecos, de María Rosa de Madariaga, 2005.
 



  

domingo, 26 de agosto de 2012

Alberto Sousa Costa (1879-1961)


Alberto Mário de Sousa Costa nasceu a 10 de Maio de 1879, em Vila Pouca de Aguiar, filho de António de Sousa Costa, escrivão de Direito naquela vila e de Tomásia da Conceição Gomes Costa. Foi nesta cidade que aprendeu as primeiras letras e mais tarde em Vila Real frequentou o liceu, passando a viver nesta cidade com os seus pais. A sua passagem pela Universidade de Coimbra, para frequentar o curso de Direito, foi num primeiro momento efémera, regressando a Vila Real em 1898 ou inícios de 1899.


1918

1935


Desde Junho de 1911 até 1919 foi secretário da Tutoria Central da Infância, colaborando com António de Oliveira na redacção do decreto que criou este organismo. Mais tarde, foi representante do Ministério Público e secretário do Tribunal do Comércio, até o ano de 1932.

Foi sócio correspondente da Academia Real das Ciências, sócio correspondente da Sociedade Martins Sarmento e sócio correspondente do Instituto de Coimbra.

Colaborou em jornais e revistas nacionais e estrangeiros: Diário de Notícias, O Século, Primeiro de Janeiro, Jornal O Dia), Revista Eva, Sempre Fixe, Ilustração Portuguesa, Jornal Notícias de Lourenço Marques, A Voz, entre outros.

Da sua obra literária destacam-se alguns dos seguintes trabalhos:


Romances, Contos e Novelas

Os que triunfam, 1901;

Excêntricos, 1907;

Fruto Proibido (Cenas da vida de Coimbra), 1909;

Sempre Virgem (Cenas da vida de Lisboa), ????;

Ressurreição dos Mortos (Cenas da vida do Douro), 1914;

Coração de Mulher (1915);

Regresso à Felicidade ????

A Pecadora, 1917;

Canto do Cisne, 1927;

Duas vezes amantes (Romeu e Julieta), ????

Amor 1º, o Cruel (romance duma carioca), ????;

Uma Divorciada, 1928;

Como se faz um Ladrão, 1931;

Miss Século XX, 1931





Evocações Históricas

I – Páginas de Sangue, (Brandões, Marçais & C.ª), 1919;

II – Páginas de Sangue, (Buiças, Costas & C.ª), 1930;

III – Heróis Desconhecidos (Lisboa Revolucionária), 1935.



Crónicas

Milagres de Portugal, 1925;

O Primitivo Teatro Português e o Teatro da Nova Rússia 1934;

Mapa Falado de Portugal, 1936.

Grandes Dramas da História, 1940;

Grandes Dramas Judiciários, 1947;

Entre Duas Labaredas, 1947;

Camilo, no Drama da sua vida, 1959;

O Córgo – Vida e obras dum rio, 1961.



Teatro

Como se vigiam mulheres (comédia), ????;

Que vergonha (farsa), ????;

Frei Satanás (drama), 1921;

A Marquesinha (drama), 1923.




Heróis Desconhecidos (Lisboa Revolucionária)



São 370 páginas que abarcam o período desde o Regicídio em 1908 e termina em 19 de Outubro de 1922. Foi editado pela Livraria Editora Guimarães & C.ª, Lisboa, 1935

Foi intenção do autor reconstruir as revoluções e as emoções que as suas personagem sentiram, apresentar visões sectárias sobre as revoluções, mas também uma visão equidistante entre as verdades brancas e vermelhas.

O seu trabalho incide sobre:


I – A Revolução de 5 de Outubro de 1910

II – A Revolução de 14 de Maio de 1915

III – A Revolução de 5 de Dezembro 1917

IV – A Revolução de 23 de Dezembro de 1918

V – A Revolução de 19 de Outubro de 1921

VI – A Revolução de 7 de Fevereiro de 1927

VII – A Revolução de 26 de Agosto de 1931


 

Fontes Bibliográficas
 
  • Portugal Século XX - Portugueses Célebres, Lisboa: Círculo de Leitores, 2003, página 97
  • Grandes Momentos da História (Sousa Costa)
  • Dissertação de Mestrado de Alexandra Maria da Silva Vidal, O Arquivo Pessoal do Escritor Alberto Mário de Sousa Costa (1879-1961),

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Bandeiras de Marinha 1914-18

 Marinhas de Guerra e Mercantes


Austria, Belgica, Dinamarca, França e Alemanha
 
Grécia, Holanda, Itália, Noruega e Portugal
 
Rússia, Espanha, Suécia, Turquia e Estados Balcânicos

Estados Unidos, Argentina, Chile, Brasil e Peru



Japão, China, México, Salvador, Colombia, Sião, Venezuela, Uruguai, Honduras ...




quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Defesa Aérea - Costa do Algarve

A Estação Aeronaval da Ilha da Culatra (Algarve)

Por convenção realizada com o Governo Francês, em Setembro de 1917, deveriam ser instaladas duas estações aeronavais francesas no continente, a de São Jacinto (Aveiro) e a da Culatra (Algarve), no entanto, e apesar de vária iniciativas nesse sentido, por falta de pessoal especializado e demora na construção das infra-estruturas não se chegou a activar totalmente a Estação Aeronaval do Algarve até ao fim do conflito.

A Ilha da Culatra, também conhecida localmente por "Ilha dos Hangares" fica ao concelho de Faro, mas é através de Olhão que o acesso à Ilha se faz de forma mais privilegiada, está integrada no Parque Natural da Ria Formosa e faz parte do conjunto de ilhas que delimitam a Ria e a protegem do Oceano Atlântico.

Apesar de parcialmente construída ainda chegou a ter alguma utilização no final da guerra, mas com o fim da mesma em Novembro de 1918 a Estação Aeronaval nunca chegou a ser oficialmente inaugurada. Posteriormente as instalações foram utilizadas como infra-estruturas de apoio à zona do campo de tiro da Marinha ali instalado.

Edifício do Posto de Comando da Estação Aeronaval da Culatra
A decisão de implantar na Ilha da Culatra a base dos hidroaviões franceses esteve ligada à possibilidade de utilizar o espelho de água da Ria Formosa como pista operacional e ainda o farol de navegação marítima aí instalado. A Estação estava equipada com um posto de TSF para comunicação com os aparelhos de patrulha que também estavam equipados com TSF.


Bases da Marinha no Algarve

A zona de saída do Estreito de Gibraltar era uma zona de alto risco, uma vez que os submarinos alemães aí se posicionavam para interceptar os navios de transporte que faziam a passagem para e do Mediterrâneo.


Bibliografia:

Martins, Ferreira (1934), "Portugal na Grande Guerra", Vol. II, Lisboa, 1º ed., Empresa Editorial Ática

Presença Militar na Ilha da Culatra






domingo, 12 de agosto de 2012

Defesa Naval - Costa do Algarve

A Esquadrilha Fiscal de Costa (Algarve)



 
NRP Lúrio - Esquadrilha Fiscal de Costa

A Esquadrilha Fiscal de Costa, com sede em Faro, acumulou durante a Grande Guerra de 1914-18 as funções de fiscalização da pesca com as de vigilância militar no mar.

Desta esquadrilha fizeram parte a canhoneira “NRP Lúrio”, o rebocador “NRP Lidador”, a lancha-canhoneira “NRP Rio Minho”, o lança-minas “NRP Vulcano” e o vapor “Carregado”.


Costa do Algarve

A esta força foi acrescentado o caça-minas “NRP Galeo”, que não dependia da Esquadrilha Fiscal de Costa mas da Divisão Naval (Lisboa), para colaboração com as forças francesas e inglesas que também patrulhavam a saída do Estreito de Gibraltar na zona da costa algarvia entre o Cabo de S. Vicente e Lagos.


Zona de Patrulha - Algarve

A vigilância da costa do Algarve era efectuada por estes meios navais com o apoio de um posto radiotelegráfico montado no Alto de Santo António, em Faro.



Posto de Rádio - Alto de Santo António (Faro), Base Naval - Porto de Faro

A Esquadrilha tinha como navio de comando a canhoneira "NRP Lúrio", comandada pelo 1º Tenente Carlos de Sousa Coutinho, armado com 2 peças de Hotchkiss de 47m e 1 metralhadora de 6,5mm. Tinha uma velocidade máxima de 12,5 nós e uma tripulação de 4 oficiais, 6 sargentos e 41 praças. A 6 de Novembro de 1917 a canhoneira passou a ser comandada pelo Capitão-tenente Joaquim Marques até ao final da guerra.

Durante a Grande Guerra a "NRP Lúrio" cumpriu três comissões na Esquadrilha Fiscal de Costa, entre 20 de Setembro a 18 de Novembro de 1914, entre 14 de Fevereiro de 1915 a 8 de Fevereiro e 1916, entre 1 de Março de 1916 a 14 de Maio de 1918 e de 7 de Agosto a 11 de Novembro de 1918, onde se manteve até 16 de Outubro de 1919.

Ao longo do tempo a canhoneira "NRP Lúrio" teve de ir quatro vezes a Gibraltar para reparações,  abastecimento e comboiar o vapor "Carregado", entre 26 de Setembro e 10 de Outubro de 1917, entre 20 e 31 Dezembro de 1917 e entre 4 e 11 de Abril de 1918.

A principal missão desta esquadrilha em tempo de paz, fiscalização das águas territoriais por causa da pesca ilegal efectuada pelos pescadores espanhóis, manteve-se durante o período de guerra acrescido da vigilância sobre os submarinos alemães que nestas águas se colocavam à espera dos navios que passavam pelo Estreito de Gibraltar. Era quase diária a recepção de SOS no posto de rádio de Santo António, provenientes de navio atacados por submarinos junto à boca do Estreito de Gibraltar. Muitas vezes os navios da Esquadrilha não saiam para acudir as vítimas por causa da distância à sua base em Lagos.
   
Em 1916, 30 de Outubro, efectuou a recolha de náufragos perto de Portimão, pertencentes ao navio norueguês "Torsdal", torpedeado pelo submarino alemão U63, comandado por Otto Schultze, no dia 28 de Outubro.  (Mendes, 1989)  

Ainda em 1916, em patrulha junto a Portimão a "NRP Lúrio" avistou um submarino alemão junto a um navio à vela, que entretanto começou a adornar e se afundou. Em postos de combate a canhoneira “NRP Lúrio” abriu fogo sobre o submarino que entretanto submergiu. Após cessar fogo procedeu à recolha dos náufragos. Mais tarde sou tratar-se do lugre "Mary Horten" que vinha de Stanvager para Genova com carga diversa. Tinham sido abordados pelo submarino que fez ir a bordo um oficial e quatro praças para analisar a carga e que os tinham mandado sair para o escaler onde foram recolhidos, antes de minarem o navio. (Mesquitella, 1923)

Em 1917, quando se intensificou a guerra submarina, após declaração da guerra submarina total, os franceses e os ingleses colocaram permanentemente na zona do Cabo de São Vicente duas esquadrilhas que se rendiam de seis em seis dias.

A esquadrilha francesa que tinha a sua base naval em Casa Blanca (Marrocos), era composta por dois submarinos “Ampére” e “Papin” e de um caça-minas.

A esquadrilha inglesa com base naval em Gibraltar, era composta por um cruzador auxiliar e dois torpedeiros, que costumava permanecer na enseada da Baleeira junto de Sagres.


O caça-minas "NRP Galeo" que tinha sido deslocado para reforço de vigilância nestas águas colaborava regularmente e alternadamente, com estas duas esquadrilhas.

Só num dia, em 24 de Abril de 1917, o submarino U35 comandado por Lothar von Arnauld de la Perière, afundou quatro navios ao largo de Sagres, o "Nordsoen" dinamarquês, o "Bien Aime Prof. Luigi" italiano, o "Torvore" e o "Wilhelm Krag ambos noruegueses, e ainda, danificou o "Triana" espanhol no dia 27 de Abril.
(Sanches, 2005) 


Torvore - Navio noroeguês






Bibliografia:


Clube Filatélico de Portugal

Mesquitella, Bernardo da Costa, "Marinheiros de Portugal", Lisboa, Imprensa Manuel Lucas Torres, (1923)

Mendes, Agostinho de Sousa, "Setenta e Cinco Anos no Mar", Lisboa, Comissão Cultural da Marinha, (1989)



sábado, 21 de julho de 2012

Cabo Verde

Na minha última viagem fui até à ilha de Santiago - Cdade da Praia, em Cabo Verde. (Julho 2012)

O forte foi construído depois dos ataques do pirata inglês Francis Drake à cidade, em 1585. Nesta época estavamos sob o domínio espanhol, tinhamos acabado de ser anexados por Espanha (1580) e reinava em Portugal Felipe II de Espanha.  

Da Cidade da Praia até à Cidade Velha demorámos cerca de 15 minutos, ao longo de uma estrada desenhada entre montes e vales. A distância não é muito mais de uma dúzia de quilómetros. Começámos por visitar o Forte de São Filipe, que se encontra no alto da escarpa e que domina a vista da cidade e da embocadura da ribeira. Só depois passámos pela Cidade Velha junto ao mar. Hoje com a dimensão de uma pequena vila piscatória não deverá ter mais de 800 habitantes.



Forte de São Filipe  - Lado esquerdo do pano de muralha virado a terra 

Forte de São Filipe - Lado direito do pano de muralha virado a terra, ao fundo encontra-se um porta

Forte de São Filipe - Pano de muralha virado ao mar, sobranceiro à Cidade Velha. À direita encontra-se a porta principal do Forte

O forte apresenta uma cisterna de armazenamento de águas pluviais, com uma estrutura de pequenos canais para transportar a água capturada nas zonas impermeáveis das muralhas e parada superior. Todos os canais, hoje destruídos ou muito danificados, confluíam sobre uma conduta principal que dava para o orifício que se pode ver na fotografia. O pequeno passadiço passa por cima dessa conduta principal. 

Cistena do Forte - Orifício de estrada das águas pluviais
Cisterna do Forte - Porta de Acesso ao interior da cisterna
Desde a altura da porta até ao fundo da cisterna são cerca de 6 metros e a sua forma circular tem um diâmetro de certa de 5 metros. 
Cisterna do Forte - Orifício de entrada das águas pluviais visto de dentro da citerna

Cisterna do Forte - Escada de acesso ao fundo da cisterna, o fundo encontra-se forrado com lajes

Modelo à escala do Forte de São Filipe, onde se pode observar a localização da cisterna

Das muralhas do Forte tem-se uma visão ampla do canyon, onde é notório o contraste entre o castanho-escuro das encostas e o verde do vale, local onde existe bastante água potável e de onde actualmente se efectua a captação da água que é distribuída na rede pública na Cidade da Praia.

 





Quase no final do vale, muito próximo da cidade pode ainda observar-se na encosta oposta à do Forte, o Convento de São Francisco que também foi reconstruido em conjunto com as obras de restauro do Forte.

Convento de São Francisco, na Cidade Velha. Data da mesma época da construção do Forte, século XVI 

A localização da Cidade Velha, inicialmente chamada de "Ribeira Grande", encontra-se à saída do grande canyon, que oferecia condições incomparáveis nesta ilha para o estabelecimento de um porto de apoio à navegação para o Sul e para a América. Sendo a escassez de água o principal ponto fraco deste arquipélago, este canyon permitia as melhores condições de vida de toda a ilha.

Cidade Velha - Vista do Forte São Filipe. Ao centro encontra-se a Sé.

Cidade Velha - Vista do Forte São Filipe. Zona por onde a Ribeira Grande desagua e onde se encontra o pelourinho.
 
Pelourinho da Cidade Velha

A cidade perdeu a sua importância comercial e militar quando em 1652 o porto principal de abastecimento passou a ser o porto da Cidade da Praia. O governo da ilha passou em 1769 definitivamente para a Cidade da Praia, tendo no entanto os ataques de piratas e de corsários ingleses e franceses, continuado até 1769. O último grande ataque e desembarque de corários deu-se em 1712, com o corsério francês Jacques Cassart.

Ruinas da Sé da Cidade Velha

História de Cabo Verde


Para ver informação sobre História da Grande Guerra em Cabo Verde ver o site:








sábado, 7 de julho de 2012

Arquivo Histórico do Museu Carlos Machado

Caros amigos,

Descobri no Museu Carlos Machado em Ponta Delgada, Açores, o espólio fotográfico do Coronel Afonso Chaves que é importantíssimo para o estudo do período da Grande Guerra em Portugal.


Foto do Coronel Afonso Chaves (Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, Açores)
Soldado americano juntoà rampa dos hidroaviões do Corpo Santo (Porto Artificial de Ponta Delgada) 

A sua colecção de fotogramas relativos a acontecimentos durante o período de 1914-18, não é muito grande, mas muito importante. Nele se encontram raras fotografias do exército (marines), marinha (com submarinos) e aviação naval (inclui uma foto com um dos aviões em voo).

Quem tiver a oportunidade de estudar este tema em Ponta Delgada, poderá certamente descobrir mais coisas sobre a intervenção de Portugal na Grande Guerra e sobre a posição estratégica dos Açores ao longo da história mundial.

Museu Carlos Machado


Fundo Coronel Francisco Afonso Chaves


domingo, 10 de junho de 2012

O Engenheiro Francês Victor Cambon

Adquiri um conjunto de três livros de Victor Cambon, sobre a Alemanha:


L’Allemagne au Traivail, 8ª Edition, Paris, Pierre Roger et C., Éditeurs, 1909

Les Derniers Progrès de L’Allemagne, 15ª Edition, Paris, Pierre Roger et C., Éditeurs, 1914 (mars)


 L’Allemagne Nouvelle, 6ª Edition, Paris, Pierre Roger et C., Éditeurs, 1923


É uma trilogia muito interessante porque dá uma visão da Alemanha antes e depois da Grande Guerra, com uma especial incidência sobre a capacidade industrial, o desenvolvimento tecnológico e o desenvolvimento cultural da Nação. Cada uma das edições apresenta actualizações e referências a datas posteriores à 1ª edição.

Saídos da guerra e com a conturbação de todos os anos que se seguiram, o último volume mostra como a Alemanha recuperou os serviços públicos, a indústria e se desenvolvem no domínio da ciência.  

O Engenheiro Victor Cambon, nasceu em 1852 e morreu em Paris em 1927. Foi professor da École Centrale des Arts et Manufactures e ao longo da sua vida escreveu as seguintes obras :

  • De Bone à Tunis, Sousse et Kairouan, 1885
  • De France en Allemagne, 1887
  • Guide pratique pour la connaissance et l'emploi raisonné des engrais chimiques. Le sol, les engrais, les cultures, 1889
  • Autour des Balkans, 1890
  • Le Vin et l'art de la vinification, 1892
  • Fabrication des colles animales, 1907
  • L'Allemagne au travail, 1909
  • La France au travail. Lyon, Saint-Étienne, Grenoble, Dijon, 1911
  • Les Derniers Progrès de l'Allemagne, 1914
  • La Guerre vue de l'étranger : en Suisse, près du front, en Grande-Bretagne, aux Pays-Bas, en Italie, 1915
  • États-Unis, France, 1917
  • Le Taylorisme, 1917
  • Comment parlait Napoléon, 1917
  • Notre avenir, 1918
  • Où allons-nous ? 1918
  • L'Industrie organisée d'après les méthodes américaines, leçons professées à l'École centrale des arts et manufactures, 1920
  • La Fabrication des colles et gélatines. Traitement industriel des animaux abattus, 1923
  • La France au travail. Bordeaux, Toulouse-Montpellier, Marseille-Nice, 1923
  • L'Allemagne nouvelle, 1923
 A obra que o tornou conhecido foi a La France au travail de 1911.