quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Defesa Aérea - Costa do Algarve

A Estação Aeronaval da Ilha da Culatra (Algarve)

Por convenção realizada com o Governo Francês, em Setembro de 1917, deveriam ser instaladas duas estações aeronavais francesas no continente, a de São Jacinto (Aveiro) e a da Culatra (Algarve), no entanto, e apesar de vária iniciativas nesse sentido, por falta de pessoal especializado e demora na construção das infra-estruturas não se chegou a activar totalmente a Estação Aeronaval do Algarve até ao fim do conflito.

A Ilha da Culatra, também conhecida localmente por "Ilha dos Hangares" fica ao concelho de Faro, mas é através de Olhão que o acesso à Ilha se faz de forma mais privilegiada, está integrada no Parque Natural da Ria Formosa e faz parte do conjunto de ilhas que delimitam a Ria e a protegem do Oceano Atlântico.

Apesar de parcialmente construída ainda chegou a ter alguma utilização no final da guerra, mas com o fim da mesma em Novembro de 1918 a Estação Aeronaval nunca chegou a ser oficialmente inaugurada. Posteriormente as instalações foram utilizadas como infra-estruturas de apoio à zona do campo de tiro da Marinha ali instalado.

Edifício do Posto de Comando da Estação Aeronaval da Culatra
A decisão de implantar na Ilha da Culatra a base dos hidroaviões franceses esteve ligada à possibilidade de utilizar o espelho de água da Ria Formosa como pista operacional e ainda o farol de navegação marítima aí instalado. A Estação estava equipada com um posto de TSF para comunicação com os aparelhos de patrulha que também estavam equipados com TSF.


Bases da Marinha no Algarve

A zona de saída do Estreito de Gibraltar era uma zona de alto risco, uma vez que os submarinos alemães aí se posicionavam para interceptar os navios de transporte que faziam a passagem para e do Mediterrâneo.


Bibliografia:

Martins, Ferreira (1934), "Portugal na Grande Guerra", Vol. II, Lisboa, 1º ed., Empresa Editorial Ática

Presença Militar na Ilha da Culatra






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